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Lição 02 – Um Pouco de Teoria

PowerPoint para Professores e Palestrantes

Um Pouco de Teoria

Já vimos uma forma boa, rápida e eficiente de se começar uma apresentação em PowerPoint nos assuntos passados. Agora veremos um pouco de teoria para podermos fazer sem o auxílio de criar uma apresentação baseada em estrutura de tópicos de uma maneira rápida e eficiente também. Veremos dicas para a construção da apresentação e algumas noções básicas de design.

Uma Boa Apresentação em PowerPoint

  1. Planeje – Faça um planejamento top-down da sua apresentação. Primeiro decida quais serão os slides, depois comece a prepará-los.
  2. Adequação – Pense muito bem sobre quem é o público alvo da sua apresentação e direcione o conteúdo para esse público.
  3. Terreno – Procure saber como será o ambiente da apresentação, se será escuro ou iluminado, se a apresentação será feita por um projetor ou exibida em uma grande televisão, estas informações serão importantes para a criação da apresentação.
  4. A beleza do simples – Mantenha o mais simples possível a sua apresentação, veremos que cores, figuras, imagens, etc. Podem ser adequadas para uma apresentação e não ser para outra usando o mesmo arquivo, então deixe tudo o mais simples possível no momento da construção. “Primeiro digite, depois enfeite”.
  5. Use fundos com moderação – É consequência ou extensão da última dica, mas esta tem uma característica especial, sempre faça suas apresentações “brandless”, ou seja, sem marca, este termo tem origem na indústria eletrônica onde componentes são fabricados sem a marca de quem está fabricando para que quem está comprando possa colocar a sua marca. Vamos imaginar um caso extremo, imagine que você vende material esportivo e que o seu catálogo está em uma apresentação no PowerPoint. Claro que esta apresentação deve ter suas cores alteradas a cada cliente visitado, nenhum time gostará de ver uma apresentação com as cores de outro time.
  6. PowerPoint não é o Word – Suas apresentações devem ser um guia para sua fala, para a sua palestra e não uma apostila para ser distribuída com o público. Cada slide deve ser o mais sintético possível e mostrar apenas os itens fundamentais do assunto. Não escreva no slide tudo que precisa ler. O PowerPoint tem um recurso específico para isso que estudaremos em breve.
  7. Tamanho das Fontes – As letras dos textos de sua apresentação devem ser legíveis por todos que estiverem na sala ou no auditório, do primeiro que está colado a tela de projeção até o último espectador sentado no fundo. Para isso segue uma sugestão de tamanhos de fontes. Sempre use um tamanho de fonte o maior possível. De preferência, entre 20 e 28 para o texto e entre 32 e 46 para os títulos. Veja a figura abaixo:

Figura 1 - Fontes em Tamanhos Sugeridos

Figura 1 – Fontes em Tamanhos Sugeridos

  1. Uso de Fontes – Fontes (letras) são um capítulo a parte. Temos que falar um pouco da teoria de fontes. Existem vários tipos de fontes, vamos começar pela divisão mais simples:
    1. Fontes Serifadas – O que é uma fonte serifada? São fontes de uma grande família que tem detalhes rebuscados e enfeitados, veja os exemplos abaixo, as fontes serifadas são indicadas para o texto pois a serifa tem a função de auxiliar a leitura, proporcionando continuidade para o texto e tornando-o menos cansativo para os olhos.:

Este texto está escrito com uma fonte serifada (Times New Roman).

  1. Fontes Não-Serifadas – Uma fonte não-serifada pertence a família das fontes retas, sem os detalhes enfeitados. Em geral as fontes não serifadas por terem uma forma simples, são melhores utilizadas quando a letra tem tamanhos menores. pois é melhor na reprodução das palavras, frases e na relação de defeitos como manchas e borrões quando diminuídas. Ela é mais indicada na utilização de títulos, chamadas e em textos digitais como em websites.

Este texto está escrito com uma fonte não-serifada (Arial).

Existem muitas outras classificações, mas para os nossos propósitos, ficaremos bem com duas apenas.

  1. Use Multimeios – Coloque sons, imagens e vídeos em suas apresentações, essas ficarão muito mais interessantes.
  2. Distribuição Uniforme de Texto – Se o slide tem poucas linhas, coloque-as com espaçamento uniforme no slide, ou seja, não as coloque todas apertadas no topo do slide.
  3. Figuras – Se você incluir figuras, não se esqueça de seguir as mesmas regras do tamanho da fonte para o texto que aparece dentro da figura. Além disso, use todo o espaço disponível para fazer com que a figura fique o maior possível.
  4. Animações e Efeitos – Embora o PowerPoint tenha uma grande variedade dos dois recursos, e a tentação de usar seja grande, evite o uso. Simples assim. Procure fazer suas apresentações simples, leves e limpas.
  5. Numere os Slides – Coloque numeração nos slides. Assim, um espectador pode falar: “Você pode voltar ao slide 17, por favor?”. Você poderá pular diretamente para um slide digitando o número do slide e <Enter>.
  6. Corretor – Não se esqueça de passar um corretor ortográfico para não dar vexame. E mesmo depois do corretor, uma revisão feita por outra pessoa, é bem-vinda. A releitura do nosso trabalho por alguém que não está envolvido no processo de criação e/ou apresentação pode nos ajudar bastante com sugestões e dicas.
  7. Tempo – Cronometre sua apresentação, alguns eventos exigem que se informe o tempo que a apresentação durará ou limitam o tempo que se tem para apresentar. O PowerPoint tem excelentes recursos de controle de tempo.

Técnicas para Criar Apresentações

Storytelling

Storytelling é um termo em inglês. “Story” significa história e “telling”, contar. Mais que uma mera narrativa, Storytelling é a arte de contar histórias usando técnicas inspiradas em roteiristas e escritores para transmitir uma mensagem.

Não pretendo aqui fazer uma explicação de como a técnica funciona, apenas colocar algumas dicas que podem ajudar a construir uma apresentação em PowerPoint. E não será sempre que poderemos encaixar o que vimos aqui em nossa apresentação.

Ao contar boas histórias, você garante que está produzindo um material único. Por mais que seja sobre um tema desgastado ou de conhecimento geral, o seu conteúdo abordará uma perspectiva única: a sua.

O storytelling é muito utilizado como uma estratégia no Marketing Digital, seja em lançamentos de novos produtos ou para fidelizar os clientes de uma marca a partir de mensagens diversas.

Confira abaixo os princípios para criar uma narrativa eficiente:

  • Visual;
  • Usar diálogos reais;
  • Ter um personagem que seja identificado com o público-alvo que deseja atingir;
  • Despertar emoções;
  • E por fim, existir algum conflito para que seja resolvido até o final da narrativa.

A ciência atrás do storytelling é que ao despertar emoções em sua plateia, as informações serão reforçadas e irão mais facilmente da memória recente para a memória permanente fazendo com que seu público se lembre do seu assunto.

Mas como faço isso!?

Uma forma de usar as técnicas do storytelling para fazer uma apresentação, é não começar dizendo o que seu produto faz, ou deixa de fazer, ou o que a sua proposta é, logo de início. Comece a sua apresentação com um problema que seja conhecido de seu público (por isso a importância de conhecer o seu público), dramatize esse problema, apresente números ou exemplos de como este problema impacta a sua plateia e o prejuízo que o problema causa financeiro, de produtividade, tempo, etc. Apresente os fatos.

Agora que seu público ficou emocionado (estão com raiva ou tristes ou chateados com o problema) vamos mudar os ânimos, comece a dar pistas de como seria maravilhoso o mundo dos espectadores se o problema fosse resolvido, e que é possível solucionar este problema e que pode ser resolvido dessa e daquela maneira. Mas sem dizer que é a sua solução ou o seu produto que vai resolver.

Quando os olhos de seu público estiverem brilhando de felicidade por que o problema deles pode ser resolvido, apresente a sua solução, mostre como é simples e fácil resolver o problema com a sua solução, mostre como a vida de sua plateia vai ficar mais fácil e simples depois da sua solução.

Finalmente conclua sua apresentação com a forma de como conseguir a sua solução ou como a sua solução é barata (se comparada com os custos do problema).

Um mestre nessa arte era o Steve Jobs. Veja o vídeo abaixo onde o CEO da Apple está lançando um produto novo.

Figura 2 – Steve Jobs apresenta primeiro iPhone (2007 – Legendado)

Emocionante, não é? Aposto que você vai lembrar dessa apresentação por um bom tempo….

Vamos ver mais um assunto para encerrar a teoria e irmos para a próxima aula.

Psicologia das Cores

A Psicologia das Cores é um estudo que busca compreender o comportamento humano em relação às cores. Dessa forma, essa área da psicologia analisa e define quais os efeitos que cada cor gera nas pessoas, como mudanças nas emoções, nos sentimentos, a criação de desejos e muito mais. Consequentemente, é importante aprender a usar o significado de tal elemento favoravelmente para a transmissão de informações.

Uma das contribuições mais antigas para este campo do conhecimento veio de uma fonte improvável, o poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe, que em 1810 publicou o livro “Teoria das Cores”.

Ainda que lhe faltasse rigor científico, teve alguns golpes de intuição impressionantes, como a noção de que o preto, do ponto de vista da psicologia humana, é uma cor, e não a ausência de cores, como defendem os físicos.

A socióloga alemã Eva Heller com seus estudos entrevistou cerca de 2 mil pessoas que possuíam de 18 a 97 anos, das mais diversas profissões, com o intuito de descobrir, entre muitas outras coisas:

  • As cores favoritas;
  • As cores menos apreciadas;
  • Associações entre cores e palavras.

A estes questionários, Heller uniu uma vasta pesquisa histórico-cultural.

Assim, descobriu que alguns padrões estão gravados em nosso “hardware” mental, outros vêm da natureza que nos rodeia, enquanto alguns significados das cores são construções culturais e tendem a variar mais através dos tempos, culturas e pessoas. Deste vasto estudo emerge um verdadeiro paradigma sobre o Significado e a Psicologia das Cores

Azul – De todas, a cor azul é a favorita. Para você ter uma ideia, 46% dos homens e 44% das mulheres declaram ser o azul a cor mais apreciada. O índice de rejeição, como seria de se esperar, é mínimo: apenas 1% dos homens e 2% das mulheres citaram o azul como a cor de que menos gostam.

O azul é associado à harmonia e ao equilíbrio, pois do ponto de vista psicológico fica distante do vermelho, que representa a paixão e os sentimentos radicais. Não à toa, o azul é uma das cores associadas à paz. É também percebido como uma cor fria, porque nossa pele fica azulada quando estamos com frio.

Vermelho – O vermelho é a preferência de 12% das pessoas, em iguais proporções entre homens e mulheres. Do outro lado, apenas 4% das pessoas citaram o vermelho como a cor menos preferida. O simbolismo do vermelho possui associação forte ao fogo e ao sangue, os quais possuem um caráter existencial em todas as culturas. Assim, sentimentos e sensações transmitidos pelo vermelho tendem a ser compartilhados por pessoas de todo o mundo e através dos tempos. O vermelho é a cor que representa as paixões, do amor ao ódio, das boas às más intenções. É também a cor do erotismo e da sedução. Não à toa, também é associado a coisas proibidas e imorais. Quando o sangue sobe para a cabeça, o rosto fica vermelho. Isso pode acontecer com nervosismo, timidez, raiva, entre outras emoções fortes. O fogo, embora possa ter diversas cores, é tido como vermelho. Quando um metal fica quente, ele fica vermelho. Por isso o vermelho tão associado ao calor.

Amarelo – Uma das cores primárias, o amarelo é a cor favorita de 6% das pessoas, enquanto 7% dizem detestá-la. Com o passar da idade, o apreço pelo amarelo aumenta, fato que também acontece com outras cores luminosas. No que se refere ao significado, o amarelo é uma cor ambígua. Ao mesmo tempo em que é associada à recreação, à jovialidade e ao otimismo, também o é ao ciúme e à hipocrisia. Por isso, para denotar sentimentos mais específicos, é bastante importante analisar o amarelo em conjunto com outras cores. Assim, a cor dos otimistas é o amarelo, pois possui uma disposição ensolarada. Além disso, esta cor é lúdica e irradia como um sorriso. Mas, ao mesmo tempo, o amarelo também é a cor da cobiça desmedida e de sentimentos que causam a raiva. Segundo a doutrina cristã, a inveja e a cobiça são dois dos sete pecados capitais, facetas do egoísmo, e são associadas ao amarelo.

Verde – O verde é a cor predileta para 16% dos homens e 15% das mulheres. Do outro lado, 6% dos homens e 7% das mulheres a citam como a cor menos apreciada. O verde é mais que uma cor: é uma ideologia, uma esperança e, também, um estilo de vida. O verde é a cor da natureza, principalmente a cor da primavera, e a primavera é a estação da fertilidade. A rã, por sua, vez também é símbolo da fertilidade. Além de ser verde, ela põe inúmeros ovos que se assemelham a embriões humanos. Por ser a cor das coisas que crescem no mundo natural, também é associada à riqueza. Por isso, o dinheiro é visto como verde, independentemente da cor real que as cédulas possuam. Por isso o verde também é associado à burguesia. E nos retratos antigos, os burgueses em grande parte faziam-se pintar com um fundo verde.

Preto – No âmbito das ciências, muito já se discutiu sobre o preto ser ou não uma cor, uma vez que em termos de espectro luminoso o preto é a ausência de cores. Porém, as simbologias atribuídas ao preto são únicas e incomparáveis, fazendo com que esta discussão, no âmbito da psicologia e dos significados das cores, não seja relevante. Dito isso, o preto é a cor favorita para 10% das pessoas em média. Mas é notável o quanto esta preferência mude bastante ao longo da vida. Cerca de 20% dos jovens de 14 a 25 anos e 15% das jovens da mesma faixa etária consideram o preto a sua cor preferida, porém na faixa etária acima de 50 anos a cor praticamente não é citada como preferida. Como dissemos, a diferença de percepção do preto ao longo da vida é notável. Isso ocorre devido à sua natureza ambígua. Por um lado, jovens associam o preto a carros caros, sofisticação, poder e roupas da moda. Do outro lado, pessoas adultas e idosas tendem a associá-lo à escuridão e à morte. Por esta razão, atualmente pessoas usam preto em enterros e velórios e o preto também é a cor do luto. Na Idade Média, todas as cores luminosas eram reservadas à nobreza, restando às classes menos favorecidas as cores escuras e sem brilho, como o marrom, o cinza e o próprio preto. É interessante notar que quando a burguesia atingiu o topo da escala social, adotou o preto como principal cor, em carros, ternos e até mesmo mobiliário. Sendo assim, o colorido é que passou a ser associado às camadas populares e às manifestações culturais espontâneas.

Branco – Aqui, o dilema de “ser ou não ser” uma cor também é levantado. Afinal, sabemos que de acordo com a Teoria da Óptica o branco é na verdade a soma de todas as cores do espectro luminoso. Porém, assim como no caso do preto, atribuímos ao branco propriedades específicas que nada têm a ver com sua natureza física e podemos considerá-lo uma cor como outra qualquer do ponto de vista do significado das cores. Quando perguntadas sobre o branco, apenas 2% das pessoas o citam como a cor preferida, enquanto 2% dos homens e 1% das mulheres o classificam como a cor de que menos gostam. O branco é a cor da inocência, do bem e dos espíritos bons. Branco é a cor do silencioso. Tanto a limpeza quanto a pureza estão associadas ao branco. Por isso profissionais de saúde usam roupas brancas. O branco também é associado à virgindade. O que o levou a substituir o preto como cor mais comum para vestidos de casamento. Como muitos casais já não se importam com a questão da virgindade, aos poucos os vestidos estão se tornando creme. Praticamente não existe significado negativo ligado ao branco, sendo que suas cores contrárias são o preto e o vermelho. Em várias obras de arte e filmes, o branco é a cor do bem, da luz, do lado bom e é a cor mais usada para representar anjos e paraísos em geral. Quando envelhecemos nossos cabelos e barbas ficam brancos, por isso o branco também é associado a experiência de vida.

Laranja – Exótica e penetrante, a cor laranja é considerada a favorita para 3% dos homens e 2% das mulheres. Em contrapartida, 9% das mulheres e 6% dos homens citaram o laranja como a cor que menos os agradam. Na psicologia das cores, o laranja desempenha um papel pouco preponderante, por estar próximo de duas cores com muita personalidade: o amarelo e o vermelho. Por conta disso, não são muitos os conceitos em que o laranja possua papel de destaque. Laranja é cor da diversão, da sociabilidade e do lúdico. Além disso, laranja é a cor de um caráter penetrante e intrusivo. Essas características fizeram com que, até há pouco tempo, o laranja fosse exaustivamente usado na publicidade. Porém, com o uso excessivo, consumidores passaram a evitá-lo. O laranja é também a cor das coisas que não se levam a sério, por isso deve ser usado com moderação. Perceba que o laranja quase nunca é a cor de produtos caros, de prestígio. Apesar de possuir uma excelente visibilidade no escuro (e na neblina), o laranja não é comumente escolhido como cor de carros, uma vez que este é considerado um item de prestígio.

Violeta – 12% das mulheres e 9% dos homens dizem que, de todas as cores, o violeta é a menos apreciada. Na outra mão, 3% das mulheres e dos homens dizem ser esta sua cor preferida. De natureza ambígua, o violeta consegue transmitir um grande leque de associações, muitas vezes opostas. Por exemplo, o violeta é associado à tecnologia e à ciência, ao mesmo tempo em que o é ao ocultismo, à fantasia e à magia. Historicamente o violeta foi muito associado ao poder e à nobreza. O violeta nunca é visto como humilde ou recatado; ao contrário, o violeta passa o sinal de extravagância. O violeta é também a cor da vaidade – que, segundo o cristianismo, é considerado o mais danoso entre os sete pecados capitais.

Rosa – Doce e delicado, 3% das mulheres citam o rosa como cor preferida, enquanto os homens tendem a não o citar nesta categoria. Um ponto interessante é que o índice de rejeição do rosa por parte dos homens diminui com o passar dos anos: 29% dos homens com até 25 anos dizem ser esta a cor menos apreciada. Já depois dos 50 anos, esse número cai para 7%. Como dissemos acima, o branco tende a representar a objetividade e a leveza, enquanto o vermelho, as paixões. Assim, as cores que compõem o rosa são opostas. Por essa razão o rosa simboliza a união da força e da inteligência, do fogo e da calma, da atividade e da passividade. Em outras palavras, o rosa está associado à sensibilidade e às virtudes do meio-termo. Mas o rosa não é apenas um meio-termo entre essas duas cores. Ao contrário, possui grande personalidade própria, sendo que alguns sentimentos só se descrevem com o rosa, com grande predominância de associações positivas, tais como o doce, a cortesia, o charme e a ternura. Atualmente o rosa tende a ser associado ao feminino, assim como o vermelho, mas com uma dose de delicadeza vinda do branco.

Ouro – Muito citada como a cor da beleza e da riqueza, o ouro é a cor favorita para 1% das mulheres e não aparece entre as preferências dos homens. Já para 2% das mulheres e 3% dos homens entrevistados, o ouro é a cor menos apreciada de todas. Embora a associação do ouro com riqueza pareça algo bem direto, este é um grande exemplo de como o significado das cores, por mais arraigado, pode ser, antes de qualquer coisa, uma compreensão cultural. É sabido que os povos nativos americanos, por exemplo, nunca associaram o ouro à riqueza. Os índios americanos usavam o metal ouro, não para comércio, mas em cerimônias religiosas, sendo assim associado aos deuses e à magia. Qualquer pessoa que vê uma peça de ouro atualmente pode achar estranha a associação do metal com a magia, mas apenas porque estamos cercados de objetos que brilham. Para muitos povos, o brilho era reservado aos astros, como o sol e a lua, e a metais como prata e ouro. Voltando ao nosso mundo atual e ocidental, a cor ouro em grande parte se associa ao dinheiro e ao luxo, mas também à felicidade e à celebração, talvez em parte herança das culturas que viam o ouro de outra forma.

Prata – Apenas 1% dos homens citam a cor prata como cor favorita. Já 2% dos homens e 1% das mulheres o citam como a cor que menos agrada. Assim como o ouro, em nossa cultura moderna a cor prata é diretamente associada ao metal precioso. Esta associação entre ouro e prata possui uma característica específica, em que a cor prata parece ter menos “valor”. Mas a cor prata possui significados mais profundos nos quais assume o protagonismo. O moderno tem a cor prata, pois, em comparação ao ouro, não é pomposo ou distante. A cor prata é a mais veloz. Assim, a prata também é a cor do dinamismo e do esporte. Embora a cor principal da pompa e do luxo seja o dourado, o prateado também está presente nesses acordes. De acordo com a simbologia, enquanto o ouro simboliza o valor ideal, a prata representa o valor material. A cor prata é constituída somente por cores frias – branco, azul e cinza -, e, por isso, carrega essa frieza consigo. Por seu caráter introvertido, a prata também está presente no acorde da gentileza, considerada a mais fria forma de afeto. Por outro lado, possui discrição e elegância. Além disso, a cor prata está associada à avareza, que é o contrário da generosidade e empatia. A cor prata também é muito associada ao trabalho intelectual, incluindo a ciência e a exatidão. Quando comparada ao ouro, a prata representa essas características muito melhor, uma vez que a cor dourada passa um ar presunçoso e estridente.

Marrom – De todas as cores, o marrom é a mais rejeitada. Para se ter uma ideia, 17% das mulheres e 22% dos homens dizem ser o marrom a cor que menos apreciam. Somente 1% dos homens e mulheres o classificaram como cor favorita. Na Idade Média o marrom já era considerado uma cor feia, e seus usos no vestuário estavam limitados aos pobres, camponeses, escravos, servos e mendigos. Diante de tamanha rejeição, é fácil entender por que é bastante difícil, senão impossível, encontrar alguma peça, embalagem ou website com fundo marrom. Não à toa, o marrom é largamente associado a sensações e conceitos negativos. Esta é a cor da preguiça e da imbecilidade. Por outro lado, é interessante notar que o marrom está em toda parte, sendo comum em móveis, decorações e vestuário. Isso ocorre pois, como o marrom é associado à natureza, tem um ar aconchegante e, se usado com moderação, pode passar desapercebido. Além disso, o marrom é a cor da terra e possui associação com a fertilidade e, portanto, com o feminino.

Cinza – Somente 1% dos homens citam o cinza como cor favorita, sendo que 13% dizem ser a cor de que menos gostam. Enquanto isso, mulheres não o classifica como cor preferida e 14% dizem que é a cor menos apreciada. No contexto da psicologia das cores, o cinza não é quente, nem é frio. Não é mental nem material. Não é feminino nem masculino. Nada é decisivo no cinza, tudo é vago. Assim, apesar de ser uma cor que de certa forma combina bem com outras cores, o cinza em si tende a não ser apreciado. O cinza é a cor onde o nobre branco está sujo e o poderoso preto está fraco. Quando a fogueira termina de queimar, o resto chamamos de “cinzas”. Assim, o cinza é considerado a cor da velhice, da decrepitude, do enfraquecimento e também daquilo que destrói a alegria de viver. O carnaval acaba em uma quarta-feira de cinzas. Os dias chuvosos são “cinzas”, o que é associado negativamente por pessoas que vivem nas cidades. Para estas pessoas, cinza é a cor do mau tempo. O cinza também é considerado bruto, grosseiro. Além disso, esta é a cor que está relacionada aos maus odores, como mofo e coisas em decomposição. Em resumo, cinza é a cor do intragável.

Como podem ver o assunto e extenso. Isso foi um resumo para nos ajudar a criar apresentações com mais sintonia com o que se deseja transmitir. Vale ressaltar que tudo que foi tido sobre a psicologia das cores, pode mudar no tempo e no espaço. Como assim? Ao longo do tempo os conceitos das cores mudaram e em lugares e culturas diferentes, os conceitos também mudam. Tudo que vimos é valido hoje para a cultura ocidental.

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